quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tiradentes: Um herói nacional


Ainda hoje, após 200 anos da morte de Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, o Brasil relembra a barbárie ocorrida em 21 de abril de 1792 no Rio de Janeiro. Tiradentes foi o principal líder da Inconfidencia Mineira, movimento que tinham o idealismo de proclamar a república, adotar uma bandeira com o lema "Libertas quae será tamem" (liberdade, embora tardia), mudar a Capital para São João del-Rei, libertar os escravos e criar uma universidade, no estado de Minas Gerais, em 1789.
Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura. Foram os ideólogos positivistas que presidiram a fundação da república que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança.
Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.
História
Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo defendeu a causa republicana, admitindo voluntariamente ser o líder do movimento. O mártir então, foi publicamente enforcado e esquartejado. Seus restos foram colocados nos principais locais de suas pregações, sendo que sua cabeça foi exposta em praça pública em Vila Rica. Os demais participantes da Insurreição foram condenados ao degredo perpétuo ou temporário, outros absolvidos.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão foi erguido o Palácio Tiradentes; onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência.


Por Emilia Jordão

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