O MEC adotou uma mudança no ENEM, que antes tinha63 questões e a partir desse ano terão 200, além da redação. Isso vai permitir que o desempenho dos alunos na prova possa ser comparado ano a ano. As provas vão conter, além de questões contextualizadas, também conceituais para registrar a evolução do ensino do participante.
Segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), a proficiência vai funcionar como indicador do quanto a pessoa sabe sobre a habilidade avaliada naquela questão. Outros exames como o Toefl e o Sat, também usam esse mesmo método. “Isso permite que várias pessoas façam as provas em momentos diferentes, pois elas são comparáveis”, afirma Andrade. “O desempenho numa prova depende de quais itens e não só de quantos a pessoa acertou.”
O MEC poderá usar esses ou outros modelos da teoria no novo exame, que ainda está sendo elaborada. O resultado na prova do Enem só será comparável assim que tiver sido aplicada no novo formato por dois anos seguidos.
A teoria não se aplica à correção da redação, que é mais subjetiva. “Em geral, as redações são corrigidas por duas pessoas diferentes e, se há uma discrepância muito grande entre as notas, um terceiro avaliador corrige.”
Por:Alessandra Andrade
Foto: Daigo Oliva/G1
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