quarta-feira, 18 de março de 2009

Salões recorrem a técnicas de alisamento sem formol

Produto é cancerígeno e não pode ser usado por cabeleireiros

O alisamento é indispensável para quem não gosta dos cabelos crespos. O problema é quando os cabeleireiros usam produtos com formol. Para se livrar do produto proibido, os salões de beleza procuram alternativas que não colocam a saúde em risco.
São três as opções de alisamento sem a utilização do formol: o hidróxido de sódio para cabelos muito crespos e o hidróxido de guanidina para os crespos. Já para os cabelos ondulados, o mais indicado é o tioglicolato de amônia.
Usado irregularmente para alisar cabelos, o risco não é só para as clientes, mas também para os profissionais. O formol é cancerígeno e não pode ser usado em produtos para alisar os cabelos. “Fiz a progressiva duas vezes, mas antes me informei se o salão utilizava formol”, disse Ângela Silva Santos. “Só utilizo produtos sem formol, pois sei do perigo do produto”, disse a cabeleireira Aparecida Martins.

Riscos da escova progressiva

Ter cabelos mais lisos e com menos volume é o sonho de muitas mulheres. Por isso, a escova gradativa - também chamada de progressiva - é tão popular nos salões de beleza. Mas, antes de se submeter às técnicas de alisamento, é necessário tomar alguns cuidados. O uso de produtos com alta concentração de formol é proibido, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A assessoria da Anvisa informa que os cabeleireiros só podem usar produtos que contenham, no máximo, 0,2% de formol. Nessa quantidade, a substância é usada como conservante. A exposição excessiva ao formol provoca alergia na pele, irritação nos olhos, queimaduras das vias respiratórias e, a longo prazo, pode causar câncer.

Cuidados antes de se submeter a um tratamento

Aline Pinheiro, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), avisa que as pessoas interessadas em tratamento capilar devem primeiro saber o componente com o qual o produto é feito. Segundo ela, as mulheres devem fugir dos serviços que utilizam formol em sua fórmula.
A médica explica também que algumas substâncias estão liberadas para uso nos cabelos como Tioglicolato de Amônio, Hidróxido de Sódio, Hidróxido de Potássio, Carbonato de Guanidina e Hidróxido de Lítio. Aline diz ainda que um bom tratamento, seja para alisar ou não, depende muito do trabalho do cabeleireiro.
“Ele tem que ser um profissional realmente capacitado para essa finalidade. Porque mesmo que essas substâncias sejam seguras, elas têm que ser bem aplicadas. Claro, que também não podemos esquecer que cada paciente é único e o risco de alergia a qualquer dos ingredientes pode ocorrer”, avisa.

Quem não pode fazer?

Aline recomenda que antes do cliente resolver alisar os cabelos ou se submeter a qualquer tipo de tratamento capilar, ele vá a um médico para afastar possíveis doenças no couro cabeludo, como psoríase, piodermites, alergias aos componentes, entre outras.
Por Emilia Jordão

Um comentário:

Anônimo disse...

TUDO E VALIDO QUANDO SE TRATA DE BELEZA FEMININA MAS TAMBEM TODO CUIDADO E POUCO POIS AS CONSEQUENCIAS DE UM ERRO PODEM SER FATAL