domingo, 22 de março de 2009

DISPUTA INTERNACIONAL PELA GUARDA DA CRIANÇA SEAN G. DE 8 ANOS.

Em 2008, com a morte da mãe a brasileira Bruna Bianchi, tem início a disputa entre o pai, o americano , David Goldman e o padrasto do garoto Sean G. de 8 anos, o advogado brasileiro João Paulo Lins e Silva. Essa disputa vem envolvendo o governo dos dois países.
Em 1997,o modelo americano David Goldman conhece a brasileira Bruna Bianchi na Itália e se casam. No ano de 2000 nasce o pequeno Sean G. Em 2004, a mãe viaja com o filho para o Brasil, de férias, e não retorna mais, entra em contato com o marido e pede o divórcio, recebe a guarda do filho na Vara de Família do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano o tribunal de Nova Jersey ordena que a criança seja repatriada, e o pai David Goldman apela para a justiça e o caso fica sujeito a convenção internacional.
Bruna casa-se novamente com João Paulo Lins. Bruna morre após o parto de sua segunda filha ,o padrasto consegue a guarda provisória do garoto . O caso ganhou repercussão nos E.U.A. após o pai David Goldman conceder entrevista à rede NBC, no início do ano. Amigos de Goldman mantém um site para arrecadar doações , chamando atenção até de políticos norte americanos em favor do pai. O caso atingiu o plano diplomático quando foi levado ao Presidente dos E.U.A. Barak Obana e a secretária de Estado Hilary Clinton ,que entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim para discutir o caso. O caso chegou a ser pauta na visita de Lula, aos Estados Unidos no fim de semana.
Após essa pressão internacional o caso foi levado a esfera Federal e a SEDH ( Secretaria Especial dos Direitos Humanos ) da Presidência da República que informou que “ De acordo com a Convenção de Haia, uma criança só pode sair ou permanecer em outro país com a autorização do s detentores do direito de guarda e que a guarda temporária dada ao padrasto da criança está em desacordo com a convenção de Haia.”
Paralelo a essa discussão pela guarda da criança há ainda a discussão entre a diferença da liberdade de imprensa entre os E.U.A. e o Brasil, que estava impedido de divulgar o caso por tratar-se de um menor.
Segue a disputa judicial e o final do impasse.


Por Márcia Panfieti

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