domingo, 31 de maio de 2009

A maldição de Barrichello

A fórmula 01 é um esporte de muitas frustrações, mas também oportunidades para aqueles que querem ser campeão mundial e correr por uma grande escuderia. Oportunidade essa que foi dada a Rubens Barrichello logo que saiu da equipe Jordan para correr para correr pela Ferrari em 1999. Rubinho sempre foi assombrado pelo fantasma de tentar substituir Senna trazendo vitórias e títulos para o Brasil. Esta expectativa gerou decepção no piloto e na torcida brasileira, pois na Ferrari existia alguém que ofuscava a chance de Rubinho lutar por um campeonato, Michael Schumacher, que como piloto quebrou vários recordes e deixou sua marca no esporte.
Foram 06 anos em que vimos Rubinho se anular, fazer sempre o que a Ferrari determinava, e nunca o vimos falar mal da equipe declaradamente pelo menos, mas constantemente aparecia em entrevistas abatido, chateado, dando explicações que não convenciam e com certa irritação. Todo esse histórico de situações desagradáveis gerava indignação naqueles que costumam acompanhar o esporte. O que gera certo desconforto e acredito que aos brasileiros também, é quando Rubinho ganhava um grande prêmio (foram 09 no total) e no final da prova, a música da vitória de Senna era tocada. Não dava para distinguir o que alegria por ter ganho uma corrida ou reflexão por saber que ele nunca seria, ou melhor, chegaria perto das emoções que Senna nos proporcionava.
Depois de longos 06 anos pela escuderia italiana, Rubinho resolveu tentar mudar a sua sorte: saiu de uma equipe muito bem estrutura para se aventurar na Honda, que não oferecia nenhuma oportunidade de lutar nem por pontuação, mas na equipe ele poderia ser ele mesmo e não ter que ceder seu lugar para que outro brilhasse.
O que começou com entusiasmo terminou em desanimo, pois a Honda não dava nem chances de pontuação para os seus pilotos, apenas víamos posições ruins no gride e abandono em diversos grandes prêmios. Quando a Honda anunciou que encerraria suas atividades, Rubinho viu sua carreira encerrada precocemente devido à falta de equipe, não somente ele, mas também Jenson Button que era seu companheiro de equipe.
Mas foi em 2009 que surgiu a Brawn Gp para empregar os pilotos e tentar concorrer com as grandes escuderias. E zebra aconteceu. Rubinho tinha tudo para ser primeiro piloto da equipe e liderar o campeonato como esta fazendo Jenson Button, mas até agora tento compreender porque isso não foi feito, pois os dois tinham a mesma oportunidade, o mesmo carro competitivo e então porque Rubinho não se destacou e não esta na liderança do campeonato? Muito pelo contrário continua no seu eterno posto de segundo e conformado com isso. Depois de dois vice - campeonatos será que vamos assistir ao desfile de Button e ver Rubinho acumular outro vice? Começo a acreditar que o nosso piloto brasileiro sofre de alguma maldição para que ele não saia do segundo lugar. Não quero desmerecer o que Barrichello simboliza para a Formula 01 por todos esses anos, mas sim mostrar que já chegou à hora de se destacar como vencedor e não coadjuvante.
Enquanto não aparece um piloto brasileiro com a maestria de Senna, basta a nos brasileiros rezar para Rubinho se livrar dessa “maldição” do segundo lugar, torcer por Massa e a Ferrari se acertem e voltar a dar espetáculo e a Lewis Hamilton atual campeão mundial mostrar que não foi golpe de sorte ganhar o campeonato em 2008. Isso tudo se a FIA e a FOTA não acabarem antes com o maior campeonato de automobilismo mundial.
Por Viviane Alexandrino
Foto: Site Caixa Preta

Um comentário:

ailtondias disse...

para rubinho o que falta é atitude de piloto ou melhor ser piloto de verdade,o que rubinho é hoje so é pelo fato de sena ter morrido porque senão seria mais um como tantos outros que viverão a era sena e olha que tem muito piloto na stok car que correu ou melhor foi ator coadvante quando sena corria é so pesquisar e vera que quando existia o sena o meia boca não virava