quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fernando Lugo: “Fruto de Processos históricos”

Ao ser questionado quanto à paternidade de crianças geradas quando ainda era bispo católico, Fernado Lugo afirma que sua história “fruto de processos históricos” não difere da realidade cultural do país. Na realidade social em que o Paraguai esta inserido estes casos são comuns até mesmos com padres. A cultura sexual do país sul-americano é produto de uma história repleta de abusos, promiscuidade e machismo e marcada por uma guerra que dizimou sua população. "As mulheres cuidam dos lares e se encarregam dos filhos; os homens se dedicam a sociabilizar", de acordo com a antropóloga Patricia Kluck, especialista em América Latina da Universidade de Maryland (EUA).
O caso do atual presidente do Paraguai vem causando polêmicas, não por serem gerados quando ainda era Bispo, mas também pela qunatidade de denuncias. Lugo deixou de ser bispo quando foi eleito em abril de 2008. Depois de assumir a paternidade de Guilhermo Armindo, fruto de seu relacionamento com Viviana Rosalith Carrillo, outras mulheres declararam que também tiveram um filho do presidente Paraguaio. Em abril o presidente pediu desculpas publicamente e prometeu dar respostas a cada caso em que estiver envolvido.
Antes de Lugo assumir a paternidade de seu filho, Viviana Carillo teria declarado que presidente começou um relacionamento com ela quando a mesma só tinha 16 anos (o que é considerado estupro no país), depois ela se arrependeu declarando que Lugo nunca à forçou a ter relações sexuais com ele e que o envolvimento começou quando ela já tinha 23 anos. A mãe de Guilhermo afirmou recentemente que o relacionamento entre ela e Lugo é pacifico e que ele é um pai muito presente.
O fato é que os menos conservadores e mais nacionalistas esperam que isso não atrapalhe o governo de Lugo que prometeu muitas mudanças em sua campanha. Mas dois dos maiores problemas do pais, segundo dados da Comissão de Direitos Humanos do Paraguai, são o abuso sexual de mulheres e adolecentes: 80% das mulheres do país foram vítimas de abuso sexual. E a incidência de filhos ilegítimos: Sete em cada dez filhos são registrados só pela mãe, apesar de que na atualidade os homens paraguaios não serem escassos: são 50,4% da população. O que não oferece muitos créditos ao presidente.
Por Hellen Pereira

Um comentário:

ailtondiasmandioca@hotmail.com disse...

nunca devemos utilizar algo que aprendemos ou praticamos para o mal