quinta-feira, 21 de maio de 2009

O governo tem que priorizar a educação básica. Mas o básico não vem de casa?

É muito interessante o que acontece na educação do nosso país. Muito se reclama sobre a educação pública, ou melhor, a sua atual situação.
Antes tínhamos como método de ensino a chamada educação bancária, onde o aluno não questionava o professor ele simplesmente sentava escutava tudo e aprendia, ou melhor, decorava se assim preferir. Uma coisa a qual os educadores abominam muito hoje. Essa também foi uma fase marcada pela rigorosidade tanto das instituições quando dos professores. Onde meninos e meninas eram separados em cantos opostos da sala e se colocavam de pé para receber o professor sempre em ordem e com um “bom dia! ou boa tarde!” que fosse. Acredito que muitos bem mais velhos do que eu e até mesmos os mais jovens por ouvirem histórias dessa época vão se lembrar. Essa também foi à época da chamada mão à palmatória onde morria se de medo das enormes réguas de madeira... nem preciso dizer o porque né?... Hoje a realidade nas escolas, principalmente nas do sistema público, e tão diferentes, eu disse diferente nem melhor nem pior, simplesmente diferente! O professor no lugar da régua de madeira, do guarda pó e até mesmo do “abcd” tem que levar para dentro da sala, um capacete, colete a prova de balas e saber um curso de defesa pessoal... isso se ele for um professor meia boca.
Confunde - se muito entre educação e conhecimento, são coisas bem distintas, educação são os pais os responsáveis e conhecimento se adquire na escola. Mas isso não é bem o que acontece... Que fique bem claro que não estou jogando a culpa pela má educação que temos nas mãos dos pais e também não estou defendendo o sistema educacional do país, sei que o sistema tem muito que melhorar e que o governo não é dos melhores nesse setor, porém acho que os veículos estão cheios de textos desse tipo feito por gente capacitada o suficiente, ou não.
Antes de criticar o precário sistema de ensino básico deve avaliar a estrutura familiar dos alunos que freqüentam as instituições, é bem complicado passar um conhecimento dentro da sala de aula que não condiz com a realidade social dele. Os professores perderam a autoridade diante dos alunos, não existe o antigo respeito. Não estou defendendo a educação bancária nem a mão a palmatória, mas conheço pessoas que passaram por essa fase e hoje são excelentes profissionais.
Depois que os pais e principalmente os alunos passaram conhecer seus direitos, não que isso seja uma informação que não deveria ser repassada, ótimo que isso aconteça, o problema é que isso passou a usar isso com má fé por parte dos alunos. Dependendo da forma com que o educador corrigir o comportamento do aluno vai ter que se entender com o pai que de maneira direta ou indireta apóia á má conduta do filh, Os professores ficam um tanto quanto desorientados diante de uma situação como essa. Exemplos como esse são retratados nas novelas como medida de tentar alertar a sociedade.
Ainda existem excelentes professores que mesmo com tanta dificuldade conseguem cumprir com a sua função de maneira notória e os parabenizo por isso, pois se não fossem esses profissionais que lutam pelo menos para formar um aluno, muitos não estariam onde estão.
A questão é qual será o ponto máximo de tudo isso será que vamos continuar vendo. Nos jornais notícias e mais notícias sobre professores que sofrem de traumatismo craniano devido a agressões de alunos, que na maioria dos casos são menores e a punição é leve, ou em outros casos pelos pais deles? Os casos como o do Professor de Matemática que desistiu de lecionar após ser agredido por alunos vão continuar acontecendo?
Antes de cobrar do governo sobre melhorias na educação básica e questionar as notas da Prova Brasil será que primeiro não é necessário avaliar o qual a imagem que se recebe em casa, afinal o básico vem de casa.


Por: José Ricardo Lima, estudante de jornalismo
Foto: nervocorvo.kit.net

2 comentários:

-Charlotte xD disse...

Uowww :D fico mto bom o texto Zé! :*

Najylla disse...

Adorei o conteúdo... Fikou até meio "chocante"... rsrs