quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quase metade dos brasileiros não tem saneamento básico

Centro de tratamento de águas e esgotos nos Estados Unidos. Solução para problemas das metrópoles custa bilhões


Quase metade da população brasileira não tem acesso a esgotos e mais de 10% não sabem o que é água tratada. O problema é grande e, também, caríssimo. O governo federal estima a necessidade de investimentos para a universalização dos serviços em R$ 46,5 bilhões, sendo R$ 7 bilhões para abastecimento de água; R$ 22 bilhões para coleta de esgotos; R$ 10 bilhões para tratamento de esgotos e R$ 7,5 bilhões para reposição de ativos. Esses investimentos corresponderiam a aproximadamente 0,36% do PIB em termos anuais.

O déficit de saneamento ocorre, principalmente, em assentamentos irregulares, como loteamentos clandestinos e favelas, onde também não há provisão de outros serviços públicos, como recolhimento de lixo, segurança pública, educação, saúde etc. O acelerado processo de urbanização por onde passaram as principais cidades brasileiras é, sem dúvida, o vilão dessa questão. Esses assentamentos surgem sem qualquer infraestrutura, exigindo do poder público pesados investimentos, que estariam sob a responsabilidade do loteador se fosse obedecida a legalidade. Muitos dos terrenos ficam a grande distância da área urbanizada, o que aumenta ainda mais os custos de urbanização. Dessa forma, a provisão de abastecimento de água e coleta de esgotos fica seriamente comprometida, uma vez que não há projeto urbanístico definido nem segurança jurídica sobre a situação fundiária. Mesmo nos casos em que é feita a regularização e a urbanização, é comum a revenda dos terrenos valorizados e a ocupação de novas áreas pelos beneficiários, num círculo vicioso aparentemente sem fim.


Por Alessandra Andrade

Um comentário:

ailtondiasmandioca@hotmail.com disse...

isso ocorre porque as cidades foram construidas sem infra estrutura deveria de ser feito o contrario primeiro a infraestrutura depois a cidade