quinta-feira, 14 de maio de 2009

Privilégios e desperdício de dinheiro público.

É incrível como nossos representantes não nos representam em nada. Muito pelo contrário, eles representam apenas a si mesmos, suas vontades e mordomias advindas de sua profissão ou não. Depois do mensalão, dos escândalos de mansões e castelos, os nossos parlamentares resolveram gastar o dinheiro público em passagens aéreas. O privilégio concedido aos parlamentares deveria ser usado apenas por eles e em relações profissionais. Porém o privilégio é usado para beneficiar familiares e amigos de parlamentares em passeios no exterior.
Além de usufruir do esquema Vip nos embarques e desembarques internacionais, o benefício prevê a oportunidade de mudar de classe no jargão das companhias aéreas o chamado “upgrade”. Uma passagem Rio-Paris-Rio, varia de R$3.800 a R$ 6.200 na classe econômica, custa cerca de R$ 9.000 na executiva e na primeira classe favorita de nossos parlamentares, familiares e amigos, R$19.600. Esse dinheiro todo saído dos cofres públicos.
A revista Veja em sua primeira edição de maio trouxe a tona documentos que comprovam o pedido de benefícios para viagens ao exterior pelo ministro do STF, Carlos Alberto Direito, em suas excursões familiares. Nos documentos consta o benefício para os filhos, a esposa do ministro e até mesmo para uma juíza, amiga da filha de Direito. Dessa maneira era possível ir a Paris em uma classe superior a da passagem, não ter que esperar nas filas, nem passar pelos equipamentos de raio X da Polícia Federal, além de ter acesso a áreas restritas do aeroporto, benefício este que deveria ser utilizado apenas por ministros quando estão a serviço da corte.
De acordo com dados levantados pela assessoria técnica do PSDB, as despesas com passagens vêm aumentando, no primeiro trimestre de 2008 foram gastos R$1,9 milhões com passagens aéreas, já neste ano o primeiro trimestre teve um aumento de 37%, com o gasto de R$ 2,6 milhões. Dentre os nomes citados que beneficiaram parentes com bilhetes pagos pela Casa estão Mário Negromonte (PP-BA), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Outros nomes também foram citados, Ciro Gomes (PSB-CE), ex-candidato ao Planalto; José Genoino (PT-SP), ex-presidente do PT; Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da Confederação Nacional da Indústria; e Vice Pires (DEM-PA), ex-candidato a corregedor da Câmara.


Jéssica Lima


Fontes
Folha Online
Revista Veja n°2060

Um comentário:

ailtondiasmandioca@hotmail.com disse...

o que eles fazem é porque nos permitimos quando votamos errado aescola deveria ser melhor mais não é o que acontece é que muita gente escollhe errado