quarta-feira, 27 de maio de 2009

Coluna: Música


Preparem-se marujos e tripulação, içar velas, levantar ancoras e não se esqueçam de içar a bandeira pirata.


A pirataria tem alcançado números alarmantes no Brasil e no mundo, cerca de 40% da população consome algum tipo desses produtos todos os anos, tais como, roupas, calçados, CDs, DVDs, softwares, entre outros. O governo e as organizações contra a pirataria despejam sobre a população números assustadores sobre o consumo de produtos piratas, número de desempregados devido à pirataria, até fazer download de músicas ou CDs da internet é considerado crime contra a sociedade.


Crime para mim e para muitas pessoas, é arrumar dinheiro para pagar faculdade, pagar as despesas da casa, o curso de inglês, outras despesas básicas, e ainda ter dinheiro para comprar um CD original no preço que ele é vendido aqui no Brasil. Ultimamente com a facilidade da Internet nem CDs pirata se compra mais, é muito mais prático fazer download da internet mesmo.


Recentemente, devido a processos, a comunidade “Discografia”, da rede de relacionamentos Orkut, teve seu conteúdo completamente apagado pelos administradores do site. A comunidade disponibilizava CDs inteiros para download, como se fossem uma grande rede de compartilhamento. Alguns CDs disponíveis ainda nem estavam à venda no Brasil.


Em Estocolmo os administradores do site Pirate Bay foram condenados a um ano de prisão, por disponibilizarem conteúdo ilegal na internet, o site era uma ferramenta que ajudava os internautas a encontrar arquivos de um tipo específico chamado torrent. Em protesto, internautas criaram o The Pirate Google, que faz o mesmo trabalho que o Pirate Bay a única diferença, segundo a própria Google, é que usa-se a ferramenta de busca da Google como site de buscas principal para qualquer tipo de arquivo e que o The Pirate Google não armazena esses arquivos, apenas disponibiliza o link aos internautas. Ou seja, uma pirataria disfarçada.


Enquanto os preços do CDs e DVDs do Brasil forem tão absurdos, imposto em cima de imposto, a população responde da forma mais direta possível, consumindo mais e mais produtos piratas. Uma enorme bola de neve, que prejudica os artistas, as gravadoras, as lojas de CDs originais e a população que depende da venda desses produtos. A origem do problema não é o avanço da tecnologia nem a malandragem daqueles que vendem produtos piratas, pois se os produtos originais fossem mais baratos, com certeza a população compraria. Afinal um CD original vem com encarte, fotos, letras de músicas e qualidade de som incomparável.



Charlotte Gonçalves

Um comentário:

José Ricardo Lima disse...

Gostei muito da sua coluna. Sei que não é defender a pirataria, mas diante de fatos como esse cada um se defende da maneira como pode. O que acontece infelizmente é que muitos são prejudicados.

Parabéns Charr!