segunda-feira, 22 de junho de 2009

STF derruba diploma de jornalismo.

Paulo Bueno
Acadêmico de Jornalismo.

Dizem que vivemos em um mundo de constante mudança, para os jornalistas essa regra está sendo seguida à risca. Em 1969 durante a ditadura militar foi criada uma lei pelo Ministério da Marinha e Guerra se utilizando de suas prerrogativas e estabeleceram à lei de imprensa e consequentemente a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão.

Com passar dos tempos a ditadura se foi, e tivemos uma reforma significativa em nossa constituição, isso ocorreu no ano de 1988. Na lei suprema diz a seguinte frase em seu artigo 5º inciso IX “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Com base neste artigo os nossos estimados e respeitados ministros vestindo suas capas derrubaram em uma sessão a obrigatoriedade do diploma de jornalismos para exercer a função, acreditam que cada um é responsável pelo que fala e escreve, com base nesse argumento cassaram o direito e o sonho de mais de 80 mil acadêmicos que enfrentam as salas de aulas para se prepararem e capacitarem para a profissão de jornalismo.

Em uma comparação estúpida o senhor Gilmar Medes (ministro) comparou os jornalistas a um cozinheiro, não menosprezando a profissão, pois á responsabilidade em cada carreira como juristas, economistas, jornalistas cozinheiros, enfim entre outros.

Agora é de se estranhar o senhor Gilmar Mendes que é o mesmo qual concedeu em 24 horas dois hábeas corpos para o banqueiro Daniel Dantas, acusado de formação de quadrilha, sonegação fiscal, extorsão, e tentativa de homicídio. Todas essas acusações consta em relatório da “Operação Satiagraha” realizada por 120 policias federais e 6 delegados,entre eles o polêmico Protógenes Queiroz. Outro detalhe que nos chama atenção com relação ao respeitado Gilmar Mendes pelego de diversos cargos públicos ao longo de sua carreira, é que foi acusado de jagunço pelo ministro Joaquim Barbosa, nos dicionários consta que jagunço nada mais é que: cangaceiro, criminoso foragido ou qualquer homem violento. Ou seja, as nossas vidas profissionais foram julgadas por homens que acham que estão acima da lei, para se engrandecerem com grandes empresas de comunicação como no caso a Folha de São Paulo, Grupo Bandeirantes entre outras.

Dizem que a imprensa é o quarto poder deste país, e está mais do que na hora de fazermos valer este poder. Jornalistas, acadêmicos professores todos devem se unir e pressionar os nossos deputados para criarem um projeto lei embasado na legalidade para garantirmos a liberdade de profissão, pois hoje foram os jornalistas e amanhã será quem? Ou devemos engolir atitudes como essa e ficarmos quietos.

Fonte: Clipping FNDC e dicionário Houaiss.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei o artigo, hoje estamos formando além de cidadãos robóticos, mas sim pessoas de opnião. O blog está muito bom

Pedro Rezende,Jornalis Rádio Banda B - Curitiba