quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Jornal O ESTADO DO PARANÁ deve encerrar atividades

Paulo Pimentel, presidente do GPP (Grupo Paulo Pimentel) ligado à área de comunicação, anunciou para a primeira quinzena de setembro, o encerramento definitivo das atividades do jornal O ESTADO DO PARANÁ. Com sua primeira edição sendo lançada em l7 de julho de 1951, hoje com 58 anos de circulação, o jornal encerra este ciclo informativo com dezenas de jornalistas, gráficos e colaboradores sendo dispensados e expostos às oportunidades do mercado.
Pimentel, também diretor do Jornal Tribuna do Paraná, que tem circulação centralizada na capital do Estado, ao anunciar o fechamento do jornal disse que "acompanhar a evolução tecnológica é priorizar as exigências do leitor". Para ele, mesmo com as reformas gráficas e as que se referem ao aperfeiçoamento na interpretação da notícia, o jornal enfrentou vários desafios, de ordem política e econômica, sendo ineficazes para resolver a crise financeira, mas que como profissional da área, sempre acreditou que o jornalismo não é apenas um fornecedor de notícias,ele leva educação à população.
No Brasil, o modelo de gerenciamento dos jornais diários está exigindo uma forte mudança organizacional, principalmente em função da internet e da mudança de comportamento dos consumidores de informação; a venda avulsa tem caído drasticamente nos últimos anos, e dificilmente a atual estrutura sustentará os grupos empresariais o que, de certa maneira, irá concentrar a informação em poucas empresas de comunicação.
No último mês de maio foi a vez do fechamento do Diário Econômico Gazeta Mercantil (SP). Com 90 anos de história ele deixou a marca de ter sido um periódico altamente qualificado, com uma linha editorial voltada especificamente para o público empresarial. Nos anos 90, foi considerado o quinto maior jornal econômico do mundo, o que não bastou para que também fosse assolado pela falência.
A constituição Brasileira de 1988 regula o princípio do direito à informação através de alguns incisos do artigo 5, mas com a situação precária que se encontram as empresas de comunicação no Brasil, tem-se tornado cada dia mais difícil encontrar um veículo capaz de assegurar que esta informação chegue ao leitor, com diversidade e comprometida com a verdade.Segundo estatísticas da Unesco (Organização das Nações Unidas), o Brasil tem sido considerado um dos países que menos valorizam a leitura de jornais superando índices da Bolívia, considerado o país mais pobre da América do Sul.

Por: Maria Conceição de Carvalho Vicentini

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